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facebook youtube,A Hostess Bonita Compete ao Vivo Online, Proporcionando Comentários em Tempo Real para Que Você Nunca Perca os Momentos Mais Empolgantes dos Jogos..A faixa da Mangueira é a maior do álbum e a única a ultrapassar os seis minutos de duração. O samba é interpretado por Marquinho Art'Samba e o estreante Dowglas Diniz, com participação da cantora Margareth Menezes. A faixa é aberta com uma locução de Margareth que, em seguida, canta um dos refrões da obra. O samba é narrado em primeira pessoa. O eu lírico é uma mulher negra. A letra da obra começa com uma adaptação de um ponto de Oiá, divindade iorubá também chamada de Matamba na mitologia bantu. A narradora se refere à Matamba/Oiá como a dona da sua "nação", que faz referência tanto à Mangueira quanto à sua origem africana ("Oyá, Oyá, Oyá eô! / Ê Matamba, dona da minha nação / Filha do amanhecer, carregada no dendê"). A seguir, o samba remete à frase "No Ilê Aiyê toda mulher é flecha da evolução", estampada na sede do bloco Ilê Aiyê ("Sou eu a flecha da evolução / Sou eu Mangueira, flecha da evolução"). Musicalmente, o início do samba recorre à tonalidade lá menor indicando a densidade que letra transmite com seus elementos de africanidade e axé. O desenho melódico com notas alongadas busca reforçar o sentido de exaltação a orixá e de afirmação. Os versos seguintes fazem referência à chegada de escravizados africanos em Salvador, na Bahia. Para preservar suas crenças, costumes e musicalidade, os escravizados "recriaram", na visão do enredo, as suas "Áfricas" na Bahia, dando origem a uma série de manifestações culturais, fazendo da arte uma forma de se rebelar contra a escravidão e todo o tipo de opressão ("Levo a cor, meu ilú é o tambor / Que tremeu Salvador, Bahia / Áfricas que recriei / Resistir é lei, arte é rebeldia"). O ilú, citado no trecho, é um instrumento utilizado em rituais sagrados que evoluiu de tambores africanos. Também se refere ao toque repicado para Oyá, o "Ilú de Iansã". Na parte musical, a tonalidade modula para lá maior, demarcando a transição entre a saída da exaltação/identificação da narradora para a contextualização inicial da cronologia do enredo. A seguir, o samba cita os cucumbis, cortejos dramáticos em que uma mulher preta é coroada; a resistência dos quilombos na época da escravidão; e os cortejos das embaixadas africanas, também conhecidas como clubes negros. Pela proposta do enredo, o povo negro, com seus ganzás, xequerês e atabaques recorreram à arte pra recriar a África na Bahia ("Coroada pelo cucumbis / Do Quilombo às embaixadas / Com ganzás e xequerês fundei o meu país / Pelo som dos atabaques canta meu país"). Nesse trecho, a harmonia musical se desloca para a tonalidade de fá sustenido menor, modulação que ajuda a demarcar o novo momento da narrativa, que passa a narrar os cortejos afros. O refrão central do samba faz referência ao afoxé, também chamado de candomblé de rua. Trata-se de uma manifestação afro-brasileira com raízes no povo iorubá. Antes dos cortejos, geralmente ocorre o ritual do padê, com oferendas aos orixás ("Traz o padê de Exu / Pra mamãe Oxum toca o ijexá / Rua dos afoxés / Voz dos candomblés, xirê de orixá"). A melodia do trecho é inspirada na musicalidade do ijexá, gênero-matriz da música baiana. A tonalidade centralizada no relativo menor indica a dolência desse ritmo atribuído a Oxum. A segunda parte do samba começa citando o Ilê Aiyê, onde todo ano uma mulher é eleita a "Deusa do Ébano". Também exalta o cabelo ''Black Power'' como uma expressão do orgulho negro ("Deusa do Ilê Aiye, do gueto / Meu cabelo ''black'', negão, coroa de preto"). A seguir, o samba homenageia Moa do Katendê, compositor, percussionista, artesão, educador e mestre de capoeira brasileiro. Fundador do afoxé Badauê, Moa foi morto por um apoiador do então candidato a presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, após o primeiro turno das eleições gerais de 2018. O samba também cita a Banda Didá, composta exclusivamente por mulheres instrumentistas; além do Olodum; do bloco Malê Debalê; e do afoxé Filhos de Gandhy ("Não foi em vão a luta de Katendê / Sonho Badauê, revolução Didá / Candace de Olodum, sou Debalê de Ogum / Filhos de Gandhy, paz de Oxalá"). No trecho seguinte, o samba faz referência ao carnaval baiano, ao axé contemporâneo e a Timbalada ("Quando a alegria invade o Pelô / É carnaval, na pele o swing da cor / O meu timbau é força e poder / Por cada mulher de arerê / Liberta o batuque do canjerê"). A melodia, que vinha num movimento crescente desde o início da segunda parte, chega ao seu ápice, remetendo à alegria do carnaval baiano moderno. Reforçando essa ideia, a harmonia se desloca para o quarto grau da tonalidade lá maior. No refrão que antecede o refrão principal, a narradora do samba faz uma saudação a Oiá, reafirmando a importância da mulher negra para a Mangueira ("Eparrey Oyá! Eparrey mainha! / Quando o verde encontra o rosa toda preta é rainha"). A melodia, em formato de pré-refrão, retoma a tonalidade lá menor, assim como no início da primeira parte, onde também há uma exaltação a Oiá, dando assim um sentido de paralelismo e coerência musical entre a abertura e o desfecho da narrativa. Flertando com o ritmo do samba de roda, o refrão principal começa fazendo referência à canção "Onde o Rio É Mais Baiano", de Caetano Veloso, na qual o compositor traça um paralelo entre a Bahia e a Mangueira. A seguir, cita a mãe de santo e líder comunitária Tia Fé. Nascida dentro de um navio negreiro que rumava da África para a Bahia, posteriormente foi morar no Morro da Mangueira, onde viu nascer em seu terreiro o bloco Pérolas do Egito, um dos precursores da escola de samba Estação Primeira de Mangueira ("O samba foi morar onde o Rio é mais baiano / O samba foi morar onde o Rio é mais baiano / Reina a ginga de Iaiá na ladeira / No ilê da Tia Fé, axé Mangueira").,Em 2015, 51% das ações da TBG que a Gaspetro detinha foram transferidas para a Petrobras Logística de Gás S.A. (Logigás). Também foram transferidas as participações na Gas TransBoliviano, GásLocal e Transportadora Sulbrasileira de Gás..
facebook youtube,A Hostess Bonita Compete ao Vivo Online, Proporcionando Comentários em Tempo Real para Que Você Nunca Perca os Momentos Mais Empolgantes dos Jogos..A faixa da Mangueira é a maior do álbum e a única a ultrapassar os seis minutos de duração. O samba é interpretado por Marquinho Art'Samba e o estreante Dowglas Diniz, com participação da cantora Margareth Menezes. A faixa é aberta com uma locução de Margareth que, em seguida, canta um dos refrões da obra. O samba é narrado em primeira pessoa. O eu lírico é uma mulher negra. A letra da obra começa com uma adaptação de um ponto de Oiá, divindade iorubá também chamada de Matamba na mitologia bantu. A narradora se refere à Matamba/Oiá como a dona da sua "nação", que faz referência tanto à Mangueira quanto à sua origem africana ("Oyá, Oyá, Oyá eô! / Ê Matamba, dona da minha nação / Filha do amanhecer, carregada no dendê"). A seguir, o samba remete à frase "No Ilê Aiyê toda mulher é flecha da evolução", estampada na sede do bloco Ilê Aiyê ("Sou eu a flecha da evolução / Sou eu Mangueira, flecha da evolução"). Musicalmente, o início do samba recorre à tonalidade lá menor indicando a densidade que letra transmite com seus elementos de africanidade e axé. O desenho melódico com notas alongadas busca reforçar o sentido de exaltação a orixá e de afirmação. Os versos seguintes fazem referência à chegada de escravizados africanos em Salvador, na Bahia. Para preservar suas crenças, costumes e musicalidade, os escravizados "recriaram", na visão do enredo, as suas "Áfricas" na Bahia, dando origem a uma série de manifestações culturais, fazendo da arte uma forma de se rebelar contra a escravidão e todo o tipo de opressão ("Levo a cor, meu ilú é o tambor / Que tremeu Salvador, Bahia / Áfricas que recriei / Resistir é lei, arte é rebeldia"). O ilú, citado no trecho, é um instrumento utilizado em rituais sagrados que evoluiu de tambores africanos. Também se refere ao toque repicado para Oyá, o "Ilú de Iansã". Na parte musical, a tonalidade modula para lá maior, demarcando a transição entre a saída da exaltação/identificação da narradora para a contextualização inicial da cronologia do enredo. A seguir, o samba cita os cucumbis, cortejos dramáticos em que uma mulher preta é coroada; a resistência dos quilombos na época da escravidão; e os cortejos das embaixadas africanas, também conhecidas como clubes negros. Pela proposta do enredo, o povo negro, com seus ganzás, xequerês e atabaques recorreram à arte pra recriar a África na Bahia ("Coroada pelo cucumbis / Do Quilombo às embaixadas / Com ganzás e xequerês fundei o meu país / Pelo som dos atabaques canta meu país"). Nesse trecho, a harmonia musical se desloca para a tonalidade de fá sustenido menor, modulação que ajuda a demarcar o novo momento da narrativa, que passa a narrar os cortejos afros. O refrão central do samba faz referência ao afoxé, também chamado de candomblé de rua. Trata-se de uma manifestação afro-brasileira com raízes no povo iorubá. Antes dos cortejos, geralmente ocorre o ritual do padê, com oferendas aos orixás ("Traz o padê de Exu / Pra mamãe Oxum toca o ijexá / Rua dos afoxés / Voz dos candomblés, xirê de orixá"). A melodia do trecho é inspirada na musicalidade do ijexá, gênero-matriz da música baiana. A tonalidade centralizada no relativo menor indica a dolência desse ritmo atribuído a Oxum. A segunda parte do samba começa citando o Ilê Aiyê, onde todo ano uma mulher é eleita a "Deusa do Ébano". Também exalta o cabelo ''Black Power'' como uma expressão do orgulho negro ("Deusa do Ilê Aiye, do gueto / Meu cabelo ''black'', negão, coroa de preto"). A seguir, o samba homenageia Moa do Katendê, compositor, percussionista, artesão, educador e mestre de capoeira brasileiro. Fundador do afoxé Badauê, Moa foi morto por um apoiador do então candidato a presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, após o primeiro turno das eleições gerais de 2018. O samba também cita a Banda Didá, composta exclusivamente por mulheres instrumentistas; além do Olodum; do bloco Malê Debalê; e do afoxé Filhos de Gandhy ("Não foi em vão a luta de Katendê / Sonho Badauê, revolução Didá / Candace de Olodum, sou Debalê de Ogum / Filhos de Gandhy, paz de Oxalá"). No trecho seguinte, o samba faz referência ao carnaval baiano, ao axé contemporâneo e a Timbalada ("Quando a alegria invade o Pelô / É carnaval, na pele o swing da cor / O meu timbau é força e poder / Por cada mulher de arerê / Liberta o batuque do canjerê"). A melodia, que vinha num movimento crescente desde o início da segunda parte, chega ao seu ápice, remetendo à alegria do carnaval baiano moderno. Reforçando essa ideia, a harmonia se desloca para o quarto grau da tonalidade lá maior. No refrão que antecede o refrão principal, a narradora do samba faz uma saudação a Oiá, reafirmando a importância da mulher negra para a Mangueira ("Eparrey Oyá! Eparrey mainha! / Quando o verde encontra o rosa toda preta é rainha"). A melodia, em formato de pré-refrão, retoma a tonalidade lá menor, assim como no início da primeira parte, onde também há uma exaltação a Oiá, dando assim um sentido de paralelismo e coerência musical entre a abertura e o desfecho da narrativa. Flertando com o ritmo do samba de roda, o refrão principal começa fazendo referência à canção "Onde o Rio É Mais Baiano", de Caetano Veloso, na qual o compositor traça um paralelo entre a Bahia e a Mangueira. A seguir, cita a mãe de santo e líder comunitária Tia Fé. Nascida dentro de um navio negreiro que rumava da África para a Bahia, posteriormente foi morar no Morro da Mangueira, onde viu nascer em seu terreiro o bloco Pérolas do Egito, um dos precursores da escola de samba Estação Primeira de Mangueira ("O samba foi morar onde o Rio é mais baiano / O samba foi morar onde o Rio é mais baiano / Reina a ginga de Iaiá na ladeira / No ilê da Tia Fé, axé Mangueira").,Em 2015, 51% das ações da TBG que a Gaspetro detinha foram transferidas para a Petrobras Logística de Gás S.A. (Logigás). Também foram transferidas as participações na Gas TransBoliviano, GásLocal e Transportadora Sulbrasileira de Gás..